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segunda-feira, 25 de junho de 2007

Vaidade

Aqui estou
A conversar sozinho
Lembrando de diálogos que
Nunca aconteceram
E jamais acontecerão
Andando no escuro
Envolvido com a noite
Sem a luz da lua cheia
Invadindo meu quarto
Na rua se ouve apenas o vento
Dei sorte
Ou então é uma trégua
Pro caos do meu presente
Já não consigo me olhar no espelho
Com a mesma vaidade
Me sinto tão desejável
Quanto uma pia cheia de pratos sujos
Me sinto patético
Me sinto sem graça
E não há nada apreciável
Em mim para apresentar
Pertenço a um grupo isolado
Dos que se escondem nas sombras
E olham pessoas fúteis
E tão vazias como nós
Fingindo ser felizes
Ao menos elas têm a dádiva da futilidade
Porque nem fútil eu sou
Sou apenas um saco de quinquilharias
Sem adornos
Sem atrativos
Não sou bonito
Não sou agradável
Nada sou
E não há mais motivos pra me enfeitar
Perdi a vaidade
Perdi meus sonhos
Caí na real
Não quero mais pensar
Que há beleza em mim
Não quero me vestir
Não queo me adequar
Não quero olhar pros lados
Pra ter mais decepção
Também não vou ficar
Esmolando carinho
Não sou coitadinho
Não quero abraçar sem ser abraçado
Não quero causar pena
Ainda me resta vergonha na cara
E não pretendo predê-la.
Feito em 2006

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