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segunda-feira, 25 de junho de 2007

Frio

Estou sentindo na boca
Aquele gosto amargo
Do abandono
É engraçado, porque
Minhas mãos ficam frias
E meu coração bate depressa
Pra não congelar
É minha defesa
Preciso estar vivo
Pra viver de verdade
Horas penso na morte como alívio
Horas como covardia
Horas como a solução dos meus problemas
Ao menos vão sentir minha falta...
Será?
Não sei
E esse é o tipo de pergunta
Que ninguém quer responder
Mas pouco importa
O frio já tomou meu corpo
Tremo um pouco
Tenho que disfarçar
Um dia estarei gélido
Roxo, sem expressão
Talvez esteja assim há anos
Ninguém notou
Ou então me maquearam
Pra poderem me olhar
Sem lembrar que estou morto
Vai ver não querem me perder
Tenho algum valor,
Ou sirvo de comlemento,
Pra algo que não existe?
Será que se eu tomar,
Mais uns comprimidos,
Finalmente durmo em paz?
Quando esse frio vai me dominar?
Feito em 2006

Saudade

Quero te ver
Todas as vezes que passo por sua casa
Procuro você
Quando vejo alguem semelhante
Meu coração dispara
Sinto uma ansiedade
Uma pressa de
Falar com você outra vez
Queria ter continuado em contato
Talvez você não tentaria fazer
O que fez
Queria ter te ajuado
Queria voltar a rir do seu lado
E fantasiar com a idéia de morarmos juntos
Sendo eternamente amigos
Tenho saudade de você
De como você sorria
E me fazia sorrir
De cada conversa que tivemos
De cada problema que tivemos
De todos os momentos
Poderiam ser eternos
Eu seria o homem mais feliz do mundo
Pois quando estávamos juntos
Podiamos ser nós mesmos
Tirávamos nossas máscaras
Sem medo de nos mostrar
Mas agora o que restou de mim?
Estou aqui
Novamente
No mesmo lugar em que te conheci
Como se nunca tivesse te conhecido
Por favor, me tire daqui!
Mesmo que por uns minutos
Me dê o prazer de estar em sua companhia
Me resgate da realidade
Me leve pro seu mundo
Dê um sinal de vida
Estou incompleto sem você
Sinto muita falta porque
Estou cercado pessoas
Que não me conhecem
Não me compreendem
E estão longe de ser minhas amigas
Não sei se elas me querem bem
Não sei nem mesmo se você
Me quer bem
Mas que se dane!
Não tenho nada a perder
Se você não quiser me ver mais
A mágica de minhas lembranças
Não perderá seu efeito
Feito em 2006

Vaidade

Aqui estou
A conversar sozinho
Lembrando de diálogos que
Nunca aconteceram
E jamais acontecerão
Andando no escuro
Envolvido com a noite
Sem a luz da lua cheia
Invadindo meu quarto
Na rua se ouve apenas o vento
Dei sorte
Ou então é uma trégua
Pro caos do meu presente
Já não consigo me olhar no espelho
Com a mesma vaidade
Me sinto tão desejável
Quanto uma pia cheia de pratos sujos
Me sinto patético
Me sinto sem graça
E não há nada apreciável
Em mim para apresentar
Pertenço a um grupo isolado
Dos que se escondem nas sombras
E olham pessoas fúteis
E tão vazias como nós
Fingindo ser felizes
Ao menos elas têm a dádiva da futilidade
Porque nem fútil eu sou
Sou apenas um saco de quinquilharias
Sem adornos
Sem atrativos
Não sou bonito
Não sou agradável
Nada sou
E não há mais motivos pra me enfeitar
Perdi a vaidade
Perdi meus sonhos
Caí na real
Não quero mais pensar
Que há beleza em mim
Não quero me vestir
Não queo me adequar
Não quero olhar pros lados
Pra ter mais decepção
Também não vou ficar
Esmolando carinho
Não sou coitadinho
Não quero abraçar sem ser abraçado
Não quero causar pena
Ainda me resta vergonha na cara
E não pretendo predê-la.
Feito em 2006

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Seus olhos

Seus olhos perdidos no nada
Nunca olhavam pra mim
Mantinham-se escondidos
Olhando pro chão
Cabeça baixa
Vida oculta
Alma fechada
Nunca se mostravam pra mim
Brevemente num cumprimento
Tentava vê-los um pouco
Pra conhecer um pouco de ti
Porém sempre me esquivava
Não sei por que
Talvez não queria te notar
Seu corpo fugia
Parecia estar no lugar errado
Ou simplesmente não queria ser notado
Mas nunca se dirigia a mim
E por obra do acaso
Sem ensaio, sem formalidades
Seus olhos encontraram os meus
Então pude te ver
De forma que só via seus olhos
Sinceros, despidos
Absolutos
Amigos
Totalmente em foco
Não haia como olhar para
Outra coisa

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