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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Minha amiga, meu amor

*Tô abrindo uma exceção pra você, viu?! Vai ser homenageada aqui. Te amo muito e estou contradizendo com todo meu estilo de escrita só por você.

Andando entre os prédios
Alheio, confuso
Escuto sua voz
Transpassar a agonia
Seu doce sussurro
De longe, ouvido
Estou aqui
Minha amiga, meu amor
Amor que não se consuma na carne
Que arde no peito
Que acolhe nos braços
E entre meus braços, enrolo seus cachos
Te beijo a testa
Mesclado em sua essência
Jamais partirei
Portanto não suma
Não use sua mágica
Em quem não te enxerga
Não chame de longe
A quem não te escuta
Não machuque seu peito
Já tão fragilizado
Estou aqui
E jamais partirei

* Feito para a única pessoa que me faz encher a boca pra falar AMIGO. Lembra que te disse que não tinha e nem teria amigos? Pois é, você conquistou isso. Te adoro, Lady.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Estou de volta

Não sei como explicar, mas circula em meu corpo uma suave e relaxante sensação que vem no intervalo entre o fim do choro e o início do sono. Não é nada doentio, não me sinto mais bonito ou mais movido a me vingar. Simplesmente me sinto bem. No rosto, sinto o grudar das lágrimas secando. Algumas ainda querem descer, mas estas já não rasgam meu peito. Descem porque devem seguir o fluxo pra fora de meu corpo; rumo ao vento, com todas as amarras.
É nessa hora que vêm o sono; como um bálsamo, lavando o resto de lama das lembranças que antes me encarceravam. Casa limpa, rosto horrível. Nariz e olhos inchados, diante do espelho, me fazem rir. Como é gostoso voltar a respirar sem peso, comer com vontade, pensar no futuro. Há muito tempo não tinha o prazer de chorar comigo mesmo, sem reservas, sem medo de ser fraco. Há muito tempo não abraçava a solidão, que sempre esteve ao meu lado e sempre foi a minha melhor companhia. Deito e acordo com ela, e dela fiz e sempre farei a minha eterna enamorada.
Já ouço os pássaros cantarem, que horas são agora? Pouco importa, ganhei a noite numa longa caminhada de volta ao meu corpo. Enfim cheguei. Bastante mudado, devo confessar. Não sei se acerto voltar a viver como antes, até porque não caibo mais em mim. Cresci em medidas que preferia não crescer e perdi volumes preciosos no caminho longe de meu lar. Expandido, ampliado e confuso; fuço os velhos móveis cobertos de poeira.
Estou de volta! Não sei se fico, não sei se vou fazer uma mudança aqui, mas estou de volta. É o que importa, só quero abraçar meus lençóis, me cobrir por inteiro e dormir até que pese a cabeça.

A cinza alcatéia

Estirado no chão
Contemplo uma cinza alcatéia
Dilacerar meu peito
Saboreando nele
As tiras do amor próprio
Que ainda me resta
Nos lábios entreabertos
Emito apenas uma respiração ofegante
Sussurro agonizante
Daqueles que se sentem mortos
Embora estejam vivos
Se sinto dor?
Sim, muita dor
Mas até da dor que sinto
Os lobos se alimentam
A luz da lua cheia
Reflete um brilho prata
Na superfície de meu sangue empoçado
Admiro agoniado
No chão branco
O gotejar de minha vida se esvaindo
Tento pedir por água
Mas a água que sai dos meus olhos
É lambida por um lobo
Um gesto de carinho, talvez
Ou um privilégio que me arrancam
E ao olhar fixamente nos olhos desse lobo
Os olhos que me mantém vivo
Sangrando
Desejando sugar das íris escuras
A luz da minha liberdade
Sou tomado por um sentimento pleno
De ternura e de tormenta
Se o amo?
Não, não amo
Amo o pedaço de mim
Que ele digeriu
E que nem salvo dele recuperarei
Fecho os olhos e sinto sua língua
Percorrer o meu rosto
Se deleitar em meu pescoço
Cobrindo minhas feridas de saliva
Um gesto de carinho, talvez
Ou outro privilégio que me arrancam

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Louco sou

Por segundos te tomo emprestado
Te toco a essência
Sugo cada gota
De seu carinho forjado
E colho as migalhas
Do prazer que emanas
Ao olhar nos meus olhos
Louco sou
A correr pelas ruas
Mentindo pra mim mesmo
Tentando remover
Tatuagem maldita
Seu nome em minha testa
Sua mão em minha perna
Ninguém pode ver
Minhas lágrimas presas
Minha mente perdida
Seu corpo distante
Tão próximo esteve...
Por que se foi?
Brigo com a razão
Pressiono teu peito
Fujo dos teus olhos
Você me enxerga além
Do que precisa enxergar
Aquilo que muitos vêem
E o que ninguém deveria ver
E louco como sou
Corro pros teus braços
Te aliso o pescoço
Ensaio um beijo
Subindo as escadas
Ninguém pode perceber
Sussurro tesão e prudência
Em teus ouvidos clínicos
Em tua mente analista
Te seguro num abraço
E me afasto arrependido
De ter exibido o que você já sabe
Mas que não deveria saber

terça-feira, 17 de junho de 2008

O último beijo

Trago na boca
O gosto amargo
Do último beijo que você me deu
Suas mãos até então sedentas
Acariciavam meu pescoço
Enquanto eu me deleitava em sua boca
Inocente
Como rato atraído à ratoeira
Grande engano pensar
Que meus lábios te tocariam outra vez
Lembro-me de como te olhei nos olhos
Clamando regresso
Sentindo a partida
Enquanto você fingia que
Não queria que eu fosse embora
Agora nada mais sinto
Além do perfume que
Some a cada dia de minha roupa
Até mesmo as lembranças
Tornaram-se estilhaços
Lançados contra meu peito
Peito velho e ferido
Que já não sente mais
A dor do abandono
Hoje vi tua foto
Meio que sem querer
Morrendo de curiosidade
E me surpreendi ao notar
Que ela nada mais me transmite
Em princípio tive medo de olhar
Pensando que meu coração sangraria
Mas ao ver seu rosto
Enxerguei nele um vazio
Não tive pena
Não me senti vingado
Não alimentei meu ego
Apenas percebi que você se foi
E que já não preciso preencher seu lugar

terça-feira, 20 de maio de 2008

Todos os dias

Todos os dias
Finjo estar acordado
Sento na cama
Com os olhos ainda pesados
E escuto, leio, vejo
Todas as cobranças
Que precisam chegar
E que não deixarão de existir
Do meu corpo estranho
Da minha saúde fragilizada
Levanto, me arrasto à mesa
E como a pulso
Enquanto o tempo desperdiçado
Monstro voraz
Devora o resto do meu futuro
Todos os dias ando
Por cima das pegadas
Daqueles que têm por despertador
O som das balas perdidas
Pra não sujar de lama
O meu tênis parcelado
De quebra perco mais quarenta minutos
De pensamento ao vento
E vento no rosto
Todos os dias cumpro
O que mantém minha renda
Bato ponto
Bato meta
Aguardo a sexta-feira
Talvez no fim de semana
Eu encontre o amor
Amor?
Oh, amor...
Veja que lindo jogo inventamos
De não amar pra ser amado
De conquistar
Sem se deixar ser conquistado
De não desejar nada além
De ser alvo do desejo
Transporto cravadas nas costas
As afiadas facas que atiras
Quando perco uma rodada
Não deixo de brindar
Com o sangue que de lá escorre
A todas as pessoas que
Passaram correndo por minha vida
Tocaram minha essência
Perturbaram meu sono
E se foram sem deixar rastros
Todos os dias

quinta-feira, 15 de maio de 2008

O fardo do fim

Tamanha liberdade tinha
Pra te dizer
Onde tocar-me
E de que forma eu poderia
Extrair de ti
Todo prazer possivel
Repetidas vezes
Da noite até o amanhecer
Com tua arte de tornar
Dois corpos tão distintos
Em um só
Teu cheiro já saiu
Das minhas narinas
Teu corpo já não me alcança mais
E embora nossas vidas continuem
Entrelaçadas pelo carinho
Trago no peito
As cicatrizes
Das lágrimas que você barrou
Enquanto eu te dizia
Que o melhor pra nós
Era o fim
Mas mesmo que eu veja
Que, de fato, o fim preservou
Os sentimentos nobres
Que nos conduziam
Para além dos teus lençóis
Lançamos em nossas costas
O fardo de aceitar
Que nada do que construímos
E que investimos
Se consolidou

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Frio nas mãos

Fico estranho quando
Sento em sua cama
É como ela me convidasse
A dormir contigo
Pois não há quem nos veja
Nem quem nos impeça
Agora, meu amor, deite ao meu lado
Mas não desligue a luz
Quero ver se é comigo que te deitas
Se sou eu quem desejas
Então sentirei suas mãos geladas
Tirando ansiosamente minha roupa
E alisando meu peito
Enquanto rolamos e nos entrelaçamos
Embolados nos lençóis
Abraçados pela madrugada
Envolvidos pelo calor de nossos corpos
E pelo frio de nossas mãos
Dormiremos o mais profundo dos sonos
E acordaremos juntos
Acariciados pelo calor de nossos corpos
E pelo frio de nossas mãos


feito em 2004

Insônia

Tenho saudade
De correr pela noite
Viver a fantasia em meio ao silêncio
Sentir o frio em minha pele

E apenas sorrir
Ou fingir que há luz em meus olhos
Fazer do vazio um companheiro
Da solidão um marinheiro

Num mar revolto
Palavras quebrando como ondas
Horas estrondam
Me erguem às estrelas

E me levam ao salão do reino
Onde danço por toda a noite
Vejo o sol nascer suado
E danço, e canto, e danço

E me espanto com o passar dos minutos
Os minutos que se vão sós
Sós com a minha imaginação
Levados pelo marinheiro, solidão


feito em 2006

Aquela mulher

Lembro-me agora
De uma linda mulher
Uma mulher com um ar de pureza
Coberta de peversão
Tinha um andar rebolado
Vestido vermelho rodado
Cabelo grande e cacheado
Que o vento balançava
Enquanto castigava meu rosto
Ela bailava na luz da noite
Ela passava pelos bares
Os homens olhavam, mexiam e ela ria
Ousada e ingênua
Seu rosto grosseiro, bronzeado
Brilhava sem maquiagem
E ela foi sumindo
Junto com o meu ar
Junto com o vento
Rebolando e provocando
Graciosa, como uma menina-mulher.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Nossa canção

Quando nossa canção tocar
Estaremos suados e entrelaçados
Abraçados e debaixo dos lençóis
Experimentando o máximo do prazer

Pois a nossa canção é nascente
De um sentimento intenso e confuso
Que transborda em meu peito
E me faz querer-te ainda mais

Que se ouça em toda terra nossa canção
Junto com os nossos sussurros
Que não pareça obseno, sujo
Mas que seja puro, como o próprio amor

Puro como sonhei e não quis acordar
Como o convite que fazia com os lábios
E com as mãos sedentas
Enquanto te despias e deitavas

Iniciando o mais lindo espetáculo
Que, dentre tantos conceitos, banalizado
Resiste firme em nosso coração
E correndo ao vento com a nossa canção


Feito em 2004

A rosa

Rosa moribunda
Abandonada ao chão
A cor lhe falta
Seu talo grita por água

Rosa desbotada
De pétalas soltas
Arrancada do caule
e despedaçada

Que na força da sua juventude
Exibia uma cor majestosa
Hoje morta, "destroçada"
Unida ao pó da terra

Há quem se importe?
Por Deus, alguém note
Ou até termine o que começou
Esmagando a flor que arrancou


Feito em 2003

A enfadonha dor

Melodia fúnebre
Melodia suave
Ecoa nos bosques
Soa nos vales

Melodia triste
Como o verde que rodeia
Som da chuva ao balançar
Das folhas da palmeira

Melodia monótona
Como noite sem estrela
Sem a luz da lua cheia
Nuvem carregada e brisa fresca

Mais um que morre
Mais um que nasce
Mais um choro, mais um sorriso
Mais um tormento, mais um sumiço

Mãos que tocam a harpa da dor
Tentando amenizar
Alegrar o coração ferido
Mas volta a machucá-lo

Sofrer é viver?
Tem que ser assim...
Ou cubro meus ouvidos e sigo
Ou me escondo em mim

E mesmo que eu finja não existir
Tente esquecer ou sumir
A dor mora dentro de mim
Não posso me amedrontar

Vou brusacmente arrancar
Essa dor, esse desalento
Quem sabe do vale passar
E pôr fim ao meu sofrimento

Feito em 2003

Coração

Urra coração partido!
O abafado grito
Que por dentro te rasga

Dá seu último suspiro
De sofrimento, aflição
Rompe suas paredes

Arranca de sí mesmo
Melodia desesperada
Agonizante, explode!

Mas não morre, clame a Deus
Ache conforto
Seja restaurado

Volte a bater, devagar
Tudo isso vai passar
E amanhã novo estarás


Feito em 2003

Chuva

Eu só quero me enrolar
Em lençóis frios, deitar
Sentir Deus me esquentar
E dormir

Simplesmente dormir
Sonhar, acordar e novamente dormir
Ouvir a mensagem do frio pra mim
Apenas deite, pois já te venci

O céu escuro e em pranto
Comovido com o clamor da terra
Sedenta de água fria
Insatisfeita por enquanto

As folhas encharcadas chacoalham
Com o ímpeto do vento revoltado
Os animais correm, se escondem
Eu vejo tudo isso e fico parado

Contemplando todo o espetáculo
Despercebido pelos agasalhados
Que correm desesperados
Aos lençóis de suas camas

feito em 2003

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Carne exposta

Hoje fui brutalmente abusado. Tenho provas e argumentos suficientes para sustentar minha acusação, pois o meu agressor fui eu mesmo. Parece até loucura dizer isto, mas eu não tenho o menor constrangimento em dizer que abusei de meu próprio corpo contra a vontade dele. Claro que isso não aconteceu no plano físico, e qualquer laudo ou perícia atestaria a ausência de lesões corporais.
Eu me agredi apresentando o meu corpo a sociedade como carne exposta, pronta para ser embalada, cozinhada e consumida. Talvez isso não choque a muitos que já estão acostumados a vender sua beleza e juventude e a receber como moeda de troca um relacionamento frustrado ou até mesmo o enfadonho orgasmo do sexo casual, mas hoje pude perceber a violência e o masoquismo que é se lançar como simples sonho de consumo.
Nesse momento você pode até estar se perguntando: " Mas que diabos aconteceu pra ele chegasse a essa conclusão infeliz? Será que se frustrou numa transa? Será que foi rejeitado?" Eu posso responder em minha defesa, afinal eu mesmo fui autor e vítima do crime. Cheguei a essa conclusão porque lembrei-me de todas as pessoas com quem tive o mínimo de envolvimento amoroso ou sexual e vi que quase 90% delas não valeram a pena.
Entraram em minha vida, me usaram, sugaram cada gota de meu prazer e se foram alegres e satisfeitas. Consumiram minha carne, minha energia, minha inocência e hoje estão em busca de outros corpos pra se alimentar. Carne exposta foi o que fiz de mim, e eu mesmo me agredi ao permitir que minha boca tocasse tais lábios vorazes, que minhas mãos passeassem por tais corpos. Sou culpado por buscar nessas bestas a vida que a sociedade almeja pra mim; e que, ironicamente, a torna impossivel.
Então este, e apenas este é o meu crime. Qual seria a setença pra mim, réu e vítima neste mesmo caso? A moeda que recebi pelo corpo que expus: a ausência de esperança em um relacionamento sadio e estável.

No fundo criança

Percebi há pouco tempo que, na verdade, não é apenas a imagem de uma criança precoce que chama a atenção em mim. No fundo, bem no imo, eu ainda sou uma criança precoce. Um menino nerd que tenta se passar por adulto. Aonde está toda a experiência que eu achava que tinha? E a bagagem e sabedoria que enxergavam em mim? Sinceramente estou confuso, pois o que levanto como certeza hoje amanhã é destruído em questão de segundos.
Sinceramente há algo de errado comigo. Não diante do espelho, mas na linha do tempo. Vejo que os anos seguiram e meu corpo também, mas em minha mente o tempo parou. Tem anos passados que são como buracos em minha mente. E como o tempo passou... Lembro-me de ter medo de chegar aos 15 anos, de sonhar em morar sozinho aos 18. Não posso deixar de rir quando penso em como me iludia com a vida adulta.
Imaginava-me um boêmio e poeta, dançando junto a meretrizes madrugada adentro, bebendo, sendo inebriado pelo perfume de damas da noite e das baforadas de cigarro. Quão enganado estava... Agora vejo que as luzes piscam não só para iluminar a noite, mas para disfarçar os rostos descontentes dos que buscam diversão. A vida desencantada dos que circulam quase mortos, tentando sugar dos lábios uns dos outros a pouca vida que lhes resta.
Sou sim, uma criança lançada num filme de horror, circulando entre mortos-vivos, visto como um "vivo-morto". Vivi muito tempo em mim, e ao ser lançado para fora ví uma dinâmica diferente de meu mundinho quente e acolhedor. Quero voltar pra dentro de mim!!! Se não for possivel, terei que fazer algo ainda mais difícil: fazer deste mundo o "meu mundo", imprimindo o mundo dentro de mim nele.

Mau humor

Me sinto profundamente mal humorado esta noite. Sono não vem, a raiva consome meu peito. O pior de tudo é que estou com raiva por um fato trivial, uma bobagem que logo passará. O que me leva a manter a raiva e a acentuar meu mau humor? Não sei o que está havendo, mas fica cada vez mais dificil ter um bom dia.
Acordo já me sentindo um fracassado. Os dias vão passando como um trem desgovernado, levando embora toda a esperança de uma vida estavel. Ai de mim se meu pai morre... Vejo-me velho e sem a menor perspectiva. Muitos dizem que sou inteligente, que sou capaz... Mas de que adianta ser isso e não ter em mãos o futuro com que sonhei?
Sinceramente me sinto mal humorado, sem um pingo de saco pra adular gente chata, desejando de todo o coração mandar a todos pro inferno. Que saco de vida! Espero que não considerem isso, pois sei que pode ficar ainda pior. Porém não posso deixar de enfatizar minha intolerância a tudo que me cerca.
Há poucos minutos ouví música, tentei me alegrar. Não adiantou. Mesmo sendo movido a música, acabei moldando o repertório ao meu estado de espírito. Ontem por pouco não tento suicídio, que tem sido um dos meus pensamentos mais freqüentes nesses ultimos meses.
Uma força estranha me trouxe da cama à cozinha. Meu lápis até então bem afiado namorava meu pescoço, enquanto lágrimas tentavam saltar dos olhos. Estava seco e morto por por dentro, acho que elas evaporaram. Quanto ao lápis, percebi que uma faca seria mais eficaz nesse serviço.
Cheguei a testar de leve, mas me deparei com a surpresa de não conseguir afundar. Será que não conseguirei fazer isso??? Acho que grande parte do meu mau humor se dá pelo fato de eu não conseguir encerrar minha vida. Preso aqui, sem futuro e sem presente, continuo vivendo.

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